Resumo | Essa pesquisa analisa a carnavalização e a antropofagia na filmografia de Carlos Reichenbach, em seus filmes do final dos anos 1960 até 1983, produzidos na Boca do Lixo em São Paulo. O trabalho também estuda metalinguagem, anti-ilusionismo e hipertextualidade como principais características de sua obra única e proeminente no cinema brasileiro. Essa tese trabalha com campos conceituais e teóricos específicos para analisar onze de seus longas-metragens, inclusive três em episódios. Os principais autores utilizados como referências foram Roberto DaMatta, Mikhail Bakhtin, Oswald de Andrade, Gérard Genette, Robert Stam, Margaret A. Rose, Tzvetan Todorov, Jairo Ferreira e o próprio Carlos Reichenbach. O método empregado foi a revisão bibliográfica, pesquisa de críticas, de documentos como press-releases, entrevistas, materiais visuais como stills e publicidade encontrados em arquivos principalmente nos setores de documentação e pesquisa da Cinemateca do MAM e Cinemateca Brasileira. Revisando a fortuna crítica sobre Carlos Reichenbach e através da análise dos paratextos fílmicos, essa tese tem com objetivo trazer novas luzes e hipóteses acerca do trabalho desse influente cineasta. |