Resumo | Os filmes de Miike, em seu caráter non sense e ultra-violento, parecem não dizer muito em termos de representação, mas tragam o espectador para a experiência da imagem enquanto superfície, com a mesma violência e brutalidade que percebemos em suas cenas mais emblemáticas. Este trabalho investiga, as partir de um conjunto de teorias de raiz deleuziana que buscam colocar o lugar dos afetos e da sensorialidade no discurso do cinema, especialmente no filme Visitante Q (2001), a possibilidade de um olhar tátil, auto-reflexivo e político, capaz de submeter o seu discurso à própria superfície da imagem, desterritorializando-o. Imagem do vídeo, da textura e do grão. Imagem do toque, imagens que transpiram imediatismo. |