Resumo | Constrói um percurso de leitura para a coleção Jurandyr Noronha (JN), enfatizando os momentos mais significativos da produção cinematográfica brasleira no período silencioso, tendo em vista identificar e compreender as lacunas informacionais sobre o cinema mudo brasileiro entre 1898 e 1933. A amostra objeto desta pesquisa contou com dez fotografias, sendo nove dos seguintes filmes: João da Mata (1923) de Amilar Alves; Aitaré da praia (1925) de Gentil Roiz; O Guarany (1926) de Vittorio Capellaro; Acabaram-se os otários (1929) de Luiz de Barros; Limite (1930) de Mário Peixoto; Vício e beleza (1926) de Antonio Tibiriça; Tesouro perdido (1927) de Humberto Mauro; Barro humano (1928) de Adhemar Gonzaga e Sangue mineiro (1929) de Humberto Mauro. A décima fotografia é de Alfonso Segreto, que foi responsável pela filmagem na Baía da Guanabara, em 1903, considerada como o primeiro filme genuinamente brasileiro (sem registro ou fragmento). Os depoimentos colhidos em entrevista com o colecionador JN iluminam todo o discurso que foi organizado em três focos temáticos: Memória e lugares da memória, Cinema e iconografia e Narrativa e colecionismo. Tem-se como conclusão da pesquisa que no caso da cinematografia lida na coleção JN, a memória não surge a partir de datas, de caminhos marcados, mas a memória é feita de pedaços da experiência, de comparações, de devaneios. Assim aconteceu com esta construção da memória do cinema mudo brasileiro. |